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2008: Título
CHEZ KANTOR
2008: Imagem
Sinopse
Um espetáculo na influência do imaginário cénico e conceptual de Tadeusz Kantor, onde o grotesco associa o trágico e o cómico, a memória, a velhice e a infância. Uma valsa dançada em coro, uma viagem dentro de casa, a alegria de ser o contrário.
Ficha Técnica
Texto: A partir dos textos de Tadeusz Kantor
Dramaturgia, Encenação e Concepção Plástica: Pedro Manuel
Apoio à Cenografia: Sara Franqueiro
Interpretação: Bruno Couto, Bruno Tibúrcio, João Frias, Miguel Mota, Lia Silva, Teresa Meira, Tiago Varanda
Espaço Sonoro: NuSi
Desenho de Luz e Direcção Técnica: NNT
Fotografia: NuFoto
Produção: NNT
Memória Descritiva
O encenador polaco Tadeusz Kantor foi um dos artistas que melhor materializou uma das revoluções teatrais do séc. XX: a passagem do paradigma literário para o paradigma cénico como fundamento de teatralidade. As suas encenações perverteram as convenções do texto, da narrativa, da personagem, do edifício-teatro, da plástica figurativa, orquestrando o material teatral de forma performática e sempre questionando os mecanismos de representação.
Se o texto dramático pode ser lido como uma base de notação de um espectáculo, em Chez Kantor foram os espectáculos que serviram de base, a notação fixa sobre a qual variámos e interpretamos. Na casa de Kantor, poderia ter por subtítulo efeitos de superfície.
O processo foi dividido em três partes: primeiro uma introdução ao imaginário e aos dispositivos cénicos, através de textos, imagens e do seu espectáculo Classe Morta. Depois, o esquecimento de tudo e a experimentação em torno de alguns temas recorrentes: memória, guerra, teatro, contrastes, a relação entre o indivíduo e a comunidade, família, objectos. Os actores criaram material teatral em suspensão. Finalmente, retorna-se ao primeiro momento, mas agora materializado com gestos, palavras e presenças, a cenografia transfigura o espaço, os figurinos transformam os actores.
Não um somatório de cenas de outros espectáculos, não um documentário, mas uma variação sobre Kantor, entre a repetição e o inesperado.
2008: Texto
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