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2011: Título

FILM NOIR

( NARRATIVAS NEGRAS SOBRE RUPTURAS NA ORDEM DAS COISAS)

2011: Título
2011: Galeria

Sinopse
Inspirando-se livremente no género 'film noir', o NNT leva à cena uma criação que reflecte acerca da desordem que um acontecimento banal lança na ordem das coisas, já de si tão frágil, no também frágil papel dos anti-heróis no meio disto tudo, na catástrofe interior em que muitas vezes habitamos, apanhando os restos de nós do chão e nem nos preocupando em disfarçar, em esconder os restos do crime; nas mãos trementes com que apontamos as armas aos outros, já sem convicção, sem coragem e sem meios para continuar por ali - exacto, por aquele caminho que escolhemos já nem sabemos porquê. Film Noir desenvolve-se a partir de sensações, de impressões, de imagens a preto e branco com vultos de costas, nevoeiro, noites, uma cidade qualquer - todas as cidades; situa-se exactamente no sítio onde nos sentimos a perder de vista o que inicialmente nos conduziu até ali, quando olhamos para os que em tempos amámos e não os reconhecemos, nem nos reconhecemos neles, quando os óculos escuros já não chegam para disfarçar as noites mal dormidas (os remorsos?), a dificuldade em enfrentar os dias de sol, em continuar mais um passo nem que seja por cinco minutos. É uma peça que procura desesperadamente encontrar a esperança nos finais infelizes - e nos felizes também.
por Joana Craveiro

Ficha técnica
Direcção: Joana Craveiro
Textos: Joana Craveiro, NNT
Espaço Cénico: Joana Craveiro
Elenco: Andreia Botelho, Elói Barros, Joana Mendes, João Frias, Lia Silva, Mariana Queiroz, Marta Vieira, Teresa Meira, Tiago Varanda
Dramaturgia: Joana Craveiro
Figurinos: NNT
Fotografia: Alexandre Sousa
Grafismo: Teresa Serrano
Luz: NNT
Cenografia: NNT
Música: NNT
Vídeo: NNT
Produção executiva: NNT

Processo Criativo

Film Noir - narrativas negras sobre rupturas na ordem das coisas é o mais recente projecto do NNT, que nos leva a viajar pelo universo do género cinematográfico da década dos anos quarenta e cinquenta do século XX, o film noir. Pretendemos a partir dos nossos corpos dar vida a femme-fatales, a heróis que afinal são anti-heróis, a personagem misteriosas e a retornar (sempre) ao glamour retratado nas películas. Durante o processo fomos assaltados por várias questões:

Qual a razão da infelicidade de quem parece absolutamente feliz?
Qual o motivo que leva alguém a tornar-se obsessivo? Especialmente pela morte de quem escolheu para partilhar a vida?

Como pode um jogo de olhares ter um final tão intenso, ao ponto de nos levar à ilusão?
Qual a derradeira razão para não se desistir do que sabemos que não é correcto? Porque o fazemos?
Porque confiamos em aparentes estranhos, colocando nas suas mãos as decisões das nossas vidas?

Estas, ainda nos assolam...

Às vezes, ainda que mascarados, nós estamos de facto a falar sobre nós próprios e não sobre a Barbara Stanwyck ou o Robert Mitchum, ou o Humphrey Bogart. Às vezes, a franja da Barbara Stanwyck foi só um pretexto. Às vezes, a dor dos heróis do noir é difícil de aguentar, parece que queremos ir lá e consolá-los e dizer-lhes que mesmo que ninguém acredite neles, nós acreditamos – nós sabemos a verdade. Às vezes neste nosso Film Noir nós somos eles a tentarem provar a sua inocência face a todas as evidências em contrário, e eles são nós a tentarmos sobreviver às pequenas rupturas na nossa ordem das coisas – todos os dias, caramba, todos os dias.
por Joana Craveiro

2011: Texto
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VERBO MÜLLER

2011: Imagem

Sinopse
Verbo Müller é um trabalho de pesquisa e composição teatral centrado no universo do dramaturgo alemão Heiner Müller. Evocado pelo movimento oriental, som e imagem, o objecto cénico quer-se pluridisciplinar, onde uma ideia de corpo, seja ele físico, verbal ou emocional, desajustado, dissonante ou impotente, é o ponto de partida para a criação.


O teu novo amor há-de trajar como
Se fora a minha pele Assim estarei perto de ti
Do teu amor distando completamente de mim
(…)
Quero cindir a humanidade em duas partes
E habitar no meio vazio eu
Nem mulher nem homem


Heiner Müller, Material de Medeia, Trad. Anabela Mendes

Ficha Técnica
Texto - Heiner Müller
Tradução - Anabela Mendes entre outros
Dramaturgia, Encenação e Desenho Cénico – Sandra Hung
Preparação Corporal – Nádia Yoshi
Elenco – Andreia Arrimar, Carolina Thadeu, Joana Martins, João Matos,
Joaquim Horta, Jorge Elias, Mariana Cardoso, Mariana Queiroz, Mauro Soares, Tiago Varanda
Música – Andreia Arrimar, Hugo Pereira, João Santinha (NUSI – Núcleo de Som e Imagem, AEFCT)
Luzes – Marco Ferreira
Fotografia – Joana Mendes, Nuno Loução, entre outros
Grafismo – André Janicas
Figurinos - Etelvina Ferreira
Produção – Mariana Cardoso (NNT)
Vídeo:
Realização - Micaela Fonseca;
Assistência - Nuno Loução e Paulo Velho
Música - Bruno Bizarro

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